quarta-feira, dezembro 31, 2008

Receita de Ano Novo Feliz!

Da querida Pipinha recebi esta receita que completei e que partilho com todos:
Pegue em 12 meses inteiros. Limpe-os bem. Tire toda a amargura, ódio e inveja. Deixe-os tão limpos quanto possível. Depois corte cada mês em 28, 30 ou 31 partes diferentes, mas não pegue todas de uma vez só.
Prepare-as pouco a pouco, com atenção aos ingredientes.
Misture bem em cada dia:
- uma porção de fé,
- uma porção de paciência,
- uma porção de coragem e
- uma porção de trabalho.
Adicione:
- uma parte de esperança,
- lealdade,
-generosidade,
- meditação e
- boa vontade.
Tempere tudo com:
- pitadas de espiritualidade
- diversão,
- um pouco de brincadeiras e
- um copo cheio de bom humor.
Despeje tudo numa tigela de amor.
Cozinhe bem, a fogo lento, com muita alegria, e enfeite com um sorriso.
Depois sirva tranquila, desapegada e carinhosamente.

O AMOR, ultrapassa a mera atracção física… vai mais além que o sonho… está para lá de uma ilusão… é mais forte que o vento e mais delicado que a seda... consegue calar o ruído dos pensamentos e deixar escutar os sons melodiosos do silêncio... é tudo aquilo que o sexo por si só não pode explicar mas que o torna único… ultrapassa simples palavras poéticas...
Glitter Para Orkut
BEIJO MEU PARA TI!!
BEIJOS!!!

sábado, dezembro 27, 2008

A Anatomia, o circo da vida e as coincidências...

A Carlota, minha colega e amiga desde o Jardim Escola João de Deus, preparou-me para o contacto com o cheiro a formol, os cadáveres, as peças dissecadas que nos rodeavam pelos corredores, numa visita guiada pelo Teatro Anatómico, ainda antes do início das aulas. Avisou-me da “dureza” dos assistentes, das suas “piadinhas” iniciais, para nos colocarem desde o primeiro dia à prova, e nos aconselharem a mudar de curso se fizéssemos o género “flores de cheiro”… Havia que ser forte, desde pequena que queria ser médica… A Carlota já frequentava o 2ºano e era a minha “tutora”… Vendeu-me o esqueleto. Era essencial ter um em casa para o estudar… osso por osso… Para o próximo ano vendia-o eu… era este o ciclo, que se repetia há anos… Confesso que no dia em que o trouxe muito bem acondicionado numa caixa de papelão, e em que pela primeira vez lhe toquei, senti um certo arrepio de emoção, e não me atrevi a viajar de eléctrico, com medo de nalgum solavanco a caixa cair, e os ossos se espalharem… Se eu ainda estava emocionada, como reagir aos olhares de espanto que me envolveriam numa situação dessas? Fiz pois a pé o percurso da Rotunda da Boavista à Rua de Sá da Bandeira, onde vivia na época, segurando a caixa com força contra o peito, enquanto agradecia ao dono das ossadas, a possibilidade de me servir por um ano, de objecto de estudo.
O grupo de aulas práticas era simpático, os rapazes camaradas, e o assistente, um bonito e elegante homem muito cordial, mas sem grandes intimidades. As suas aulas eram interessantes, mas sempre com o aviso que não suportaria qualquer crise de histeria por parte de alguma das senhoras, se acaso fossem vitimas das costumadas brincadeiras por parte dos “machos” mais velhos do curso, principalmente na época da praxe, (um dedo ou qualquer outra pequena “peça” anatómica nos bolsos das batas). Desde Março, e por indicação do Vasco, um amigo que frequentava Arquitectura em Belas-Artes, em casa de quem almoçava à quarta-feira, passei a visitar o Zé, internado sob prisão, em Traumatologia no piso 7. Sofrera um aparatoso acidente de viação no final de Janeiro, quando a PIDE perseguiu o carro em que transportava propaganda política. Fractura do fémur, que obrigou ao internamento no hospital da Faculdade, impedido de visitas, e guarda à porta…
“Podias ir visita-lo, vocês circulam livremente, e de bata vestida, ninguém te impedirá de o veres e levar esta ou aquela encomenda.”
Lá ia vê-lo semanalmente, e dividia as visitas com a Carlota, a Chinha e a Fáfá. Sempre de bata, entravamos com o ar de sermos mais um dos médicos do serviço… Um dia disse-me ser um rapaz de sorte… quatro “beldades” a visitá-lo à vez por conta da PIDE, não era para todos… Naquele dia quente de Abril, o Zé estava tristonho, e quando lhe perguntei o porquê contou-me que desde o princípio do internamento, todos os doentes que partilhavam com ele a enfermaria (de duas camas) ao fim de uma semana por este ou aquele motivo, acabavam por morrer… Habitualmente eram doentes idosos mas naquele dia, estava muito preocupado porque o companheiro de quarto tinha a sua idade, 18 anos, e fora para o Bloco Operatório para lhe ser amputado pela anca o membro inferior direito pois a tíbia, tinha um tumor ósseo. Lá o consolei como sabia, e era muito pouco na época, e quando olhei o relógio, despedi-me de modo apressado:
“Até para a semana Zé, tenho aula prática de Anatomia às duas, e já só falta um quarto de hora, quero chegar mais cedo!”
“Até para a semana Papoila, obrigado, és um amor, todas as semanas vens ver-me!”
“Deixa-te disso, Zé! Não tens nada a agradecer! Até para a semana!”
Corri escada abaixo até ao piso 0, para dar a volta pelo jardim, e subir as escadas até ao Teatro Anatómico…Safa! Estava quente aquela tarde! Entrei esbaforida na sala de preparação onde ia ser dada a aula e para meu sossego, o Dr. Costa ainda não tinha chegado. Aproximei-me do grupo de colegas que rodeava a mesa de trabalho em que o preparador, colocava um membro inferior direito enquanto dizia:
“Estão a ver este? É para a aula de hoje. Está fresquinho, acabado de sair do bloco… Estão a ver porquê? Isto aqui é um tumor ósseo, tiveram de lhe amputar o membro pela anca, um rapaz novo, não tem mais de 18 anos… Não o estraguem muito durante a aula, porque o joelho está muito bom, e pretendo dissecá-lo! Ainda me vão dar um bom dinheirinho por ele…”
Não ouvi mais nada… Acordei, com o Dr. Costa a bater-me suavemente na face enquanto ouvia ao longe:
“Minha senhora, então? Minha senhora, então?”
Estava deitada num dos sofás da sala dos assistentes, que se situava no piso -1, com as pernas sobre um dos braços e a cabeça deitada no assento. Quando olhei o Dr. Costa desatei num pranto convulsivo e só repetia:
“Eu conheço a história daquela perna! Eu conheço a história daquela perna! Como vim aqui parar? Que estou a fazer aqui? Eu conheço a história daquela perna!”
“Vá lá acalme-se, e conte-me o que se passou, pregou-nos um grande susto…está sem sentidos há quatro minutos, e tivemos de a trazer ao colo até cá abaixo. O Manel do bar vai trazer-lhe um chá, mas primeiro vai contar-me o que se passou!”
Enquanto enxugava as lágrimas e limpava o nariz ao lenço que gentilmente me cedera, contei-lhe entre soluços que tinha ouvido a história do membro amputado pouco antes do início da aula, e não podia suportar a ideia de ver a perna, sem conhecer o dono, e ainda mais ter ouvido que se podia ganhar bom dinheiro com a preparação de um joelho de alguém que estava vivo, e amputado.
“O Sr. Dr. desculpe-me! E tiveram de trazer-me ao colo! Que vergonha!”, enquanto esperava o “ralhete” que iria seguir-se…
O Dr. Costa endireitou-se, enquanto me dizia.
“ Compreendo o que está a sentir, hoje está dispensada das aulas, depois de tomar o chá pode ir para casa, garanto-lhe que ninguém vai preparar o joelho, mas na próxima aula vou perguntar-lhe onde se inserem todos os músculos na zona e todos os elementos que o constituem. Agora vou para cima, dar a aula aos seus colegas, e dizer-lhes que está bem! Até à próxima aula!”
Na aula seguinte, lá fui eu ao cadáver fazer a demonstração da sessão anterior, e não me portei mal… Não voltei a visitar o Zé! O Vasco, a Carlota, a Fáfá e a Chinha bem insistiram, mas eu só dizia:
“Não sou capaz de olhar o rapaz de quem conheci primeiro o membro amputado!”
Há uns meses na consulta de reforço, recebi um doente sem médico de família, com uma prótese total do membro inferior direito, que me contou que aos 18 anos fora amputado por um cancro ósseo da tíbia. Após a operação no hospital da Universidade, tinha sido internado em Alcoitão e recuperara na totalidade. Estava simplesmente engripado, e queria fazer exames de rotina para saber se tudo estava bem! Olhava-o de tal modo surpresa que me perguntou:
“Está a sentir-se bem Drª? Está a ficar tão pálida, precisa que chame alguém?”
Atrapalhada pela preocupação que estava a provocar ao doente que me procurava pela primeira vez, contei-lhe a história de uma outra amputação na mesma época da sua… Não era outra, era ele mesmo… e ainda se encontrava com o Zé pois ficaram amigos! Há dias eu a Carlota o Zé e Hugo (chama-se assim o dono da perna) fomos tomar café juntos! O Vasco, um arquitecto de nome, agora professor, não pode estar presente, mas telefonou-nos!
Um dia destes vamos jantar todos juntos.
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Vou pedir este Natal...

Vou pedir este Natal…
Palavras que iluminem
por quem as sabe beijar…
Saber ter paciência…
compreensão… compaixão…
e nunca julgar ninguém,
simplesmente
aceitar as pessoas
tal como são...
Abraçar com vontade,
nosso irmão...
Sem palavras
sustentar-nos do abraço.
E sentar em comunhão…
Quando só fala o silêncio,
não fazer perguntas...
Sentir os outros
fortalecer a esperança…
Beijar a alma,
dizer amo-te com o olhar...
Não é difícil...
basta decidir descer
do pedestal do orgulho…
e da cobiça
que nos rodeia
e consome…
Quantos de nós necessitam
do beijo na alma
que nunca chega!
Beijar a alma é recordar
o Menino que por amor
se ofereceu em doação
na alegria de amar!
FELIZ NATAL!
BEIJOS!!!

domingo, dezembro 14, 2008

penso em ti...

Penso em ti e nada detém o desejo de escrever...para que as palavras beijem…acariciem... cuidem... afaguem... o tempo pára... deixo-me envolver pelo silêncio... nasce o desejo de te contar o que és para mim…Penso em ti e todas as letras do alfabeto parecem insuficientes para expressar o que sinto... não deixo de o fazer porque de alguma maneira sinto que me lês... e ao leres-me… percebes o quanto te quero... sinto nascer as minhas melhores emoções... ressuscito em mim zonas que pareciam para sempre perdidas...Penso em ti… sonho contigo… desejo-te… sinto-te próximo… à noite… acordo a recordação daquela noite mágica… de pura alquimia…em que nossos corpos se falaram enquanto olhávamos as estrelas que sabiam… o quanto nos desejávamos… o tempo torna-se eterno… mar de recordações agitadas… de esperanças… com a cor rubra da alegria... onde eu me diluo… e tu…estás a meu lado...
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sábado, dezembro 06, 2008

Saudade

O ar da brisa traz notícias
do instante…

Supremo instante a
que todos somos vulneráveis.

O teu sorriso devasta as sombras;
afasta o tumulto das mariposas negras
que voam em redor na escuridão.
As estrelas afastam-se…

voo com elas
apago meu olhar …
reflecte no solo recordações que vagueiam
nesta estranha nave…
A agulha cansou-se de suturar as feridas

imobilizada pela ausência
das tuas palavras.
Saudade!
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!


segunda-feira, dezembro 01, 2008

PELOS TRILHOS DO BETÃO e outros contos, leitura de Dezembro

PELOS TRILHOS DO BETÃO e outros contos, de António Castilho Dias é o primeiro livro deste nosso colega bloguista, e meu querido amigo, lançado em Outubro. O livro é uma colectânea de contos curtos, com muita imaginação e acção que conseguem prender o leitor desde o inicio. António tem uma escrita com uma ironia fina, por vezes mordaz e os seus diálogos são preciosos. O seu estilo realista e rigoroso, revela-nos o novo meio urbano e os seus habitantes, com quem nos cruzamos no quotidiano. Estamos no Natal e este é um bom presente a oferecer a um amigo, que pode ser autografado pelo autor.
Começa assim:
"Álvaro, caminhava lentamente por uma rua da cidade cosmopolita olhando com atenção para tudo mas especialmente para as pessoas. Eram umas quatro da tarde de um dia em que o céu nublado e cinzento avisava que poderia chover. Mas isso não o incomodava: havia muitos locais para se abrigar. Mais a mais trouxera a sua gabardiba comprida e clara, estilo anos 50, similar àquelas que os detectives do cinema divulgaram."
In PELOS TRILHOS DO BETÃO e outros contos, de António Castilho Dias, artEscrita, Outubro de 2008.
Boa Leitura!
Beijos!

quarta-feira, novembro 12, 2008

Encerrado temporariamente...

Por motivos profissionais, mesmo sem se ter portado mal, A Papoila até Dezembro está encerrada no "quarto escuro"...

BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sexta-feira, novembro 07, 2008

deixa a chuva chover...

Deixa a chuva chover
nas calçadas
na rua...
na alma…
Deixa a água cair
com calma
com pressa...na boca…
Deixa a chuva pingar
nas roupas... nos varais
nos telhados
nos campos…
Deixa que chova
que molhe
que venha...que beba
a água da alma…
Deixa chover
molhar tua boca
na minha…
Deixa cair
um manancial de beijos
na rua...na lua cheia
Deixa ficar molhada
na perna...na terra
a brotar delírios…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sábado, novembro 01, 2008

Rosa Brava, leitura de Novembro

Rosa Brava é um romance histórico que me prendeu desde a primeira página. Leonor Teles, considerada a mais bela dama do reino, de personalidade vincada, rebelde e inteligente era considerada perigosa. O livro conta a sua vida desde a época em que viveu na Beira, e foi obrigada a casar pelo seu tio, conde de Barcelos, com o Marquês de Pombeiro que ela odiava. Quando a sua ama e confidente morre, abandona o marido e o filho e parte para Lisboa. Aqui é recebida por sua irmã Maria, aia da infanta D. Beatriz que consegue que ela seja admitida na corte. D. Fernando, rei de Portugal, fica seduzido com a sua beleza, apaixona-se e pede ao Papa a anulação do seu anterior casamento. Logo que esta é conhecida contrai matrimónio com D. Leonor no mosteiro de Leça do Balio. Este casamento não foi bem visto e há gente que se recusa a ajoelhar perante a nova rainha. Leonor Teles nunca foi amada pelo povo, que a apelida de aleivosa e traiçoeira. D. Fernando no seu testamento dispõe que no caso de morrer, ela seria apenas regente até que o seu primogénito tivesse idade para subir ao trono. Leonor Teles fez tudo para o evitar mas o rei veio a falecer antes que a rainha lhe desse filho varão e a sua morte causou um grave problema de sucessão. A sua única filha estava casada com o rei de Espanha. Vivem-se as intrigas palacianas da corte e o apoio que o povo dá ao infante D. João Mestre de Aviz, irmão bastardo de D. Fernando, que com D. Nuno Álvares Pereira nomeado condestável por D. Leonor Teles decide lutar pelo reino, e expulsá-la do palácio real. É exilada no Mosteiro de Tordesilhas, em Valhadolid, onde vem a falecer. É um romance que revela a vida de Leonor Teles,uma bela e inteligente mulher que se torna rainha. Adorei! Começa assim:
“No mesmo dia em que Briolanja Mendes foi a sepultar, na campa rasa de um montezinho situado a pouco menos de meia légua das terras pertencentes à casa do conde de Barcelos, D. Leonor Teles de Menezes cumpriu uma jura antiga: abandonou o marido e o filho e partiu para Lisboa. A decisão, tomada tempo antes de a velha Briolanja se extinguir, deixou D. João Afonso Telo, conde de Barcelos, louco de fúria não apenas por ver na aventura da jovem sobrinha uma traição infame ao marido e um acto de desamor pelo filho, mas também por considerar a fuga uma cruel avania contra quem, como ele, fora o único a substituir-se no afecto dos pais Martim Afonso Teles de Menezes assassinado em Toledo pelo cruel D. Pedro de Castela, e D. Aldonça de Vasconcelos, falecida prematuramente em consequência do rescaldo da Grande Peste que varreu um terço da população europeia.”
ROSA BRAVA, José Manuel Saraiva, OFICINA DO LIVRO, 10ª edição, Maio de 2
008
Boa leitura!
BEIJOS

domingo, outubro 26, 2008

Sei onde te encontro...

Entre o mito e a realidade
entre o racional e o emocional
entre o silêncio e as palavras.
Entre os sonhos e o visível
entre a soma e o resto
entre o perdão e o esquecimento
entre a ausência e a paixão…
Entre a água e o fogo
entre o céu e a terra
entre a flor e o mato
entre a montanha e o mar.
Entre o que se disse e não disse
nesse lugar encantado
está escondido o segredo
que por uma vez foi Sol.
Entre a amizade e o amor
nesse mundo mágico, procuro-te.
Sei que é aí que te encontro!
PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

sábado, outubro 25, 2008

Parabéns Ana Scorpio!

Hoje é o teu dia minha querida Ana. Parabéns Ana Scorpio
Glitter Para Orkut
Um dia muito feliz... um presente muito simples...

BEIJO MEU!
Viva 25 de Outubro!

terça-feira, outubro 21, 2008

tempo de reflexão...

Da querida Manuela do blog Simplesmente Manuela, recebi este presente que se relaciona por inteiro com o período que atravesso de trabalho e reflexão... Obrigada a ti!
Cada um de nós é o construtor de tudo o que fez e foi... somos o reflexo da nossa história e do Mundo… vivemos num céu que ao entardecer é rosa... somos o que pensamos…o que recordamos do nosso passado…de antes…e de agora…somos… estamos… permanecemos… sem decisão própria…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

quarta-feira, outubro 15, 2008

conheço este perfume...

Conheço este perfume…
Entra pelos quatro cantos do quarto
conquista minhas mãos… meu corpo…
Conheço o contorno
desse corpo na minha cama,
fantasma de uma saudade…
Conheço esses olhos
que escrevem poesia
na minha pele…
Conheço essas mãos…
navegam os mares do meu corpo
em ondas… baías… marés…
Conheço esse beijo antigo…
escreve nos meus lábios
palavras doces…
Conheço esse corpo…
Recordo suas rimas em meus quadris
quando em poemas concretos
declaramos nosso amor…
PARA TI O MEU BEIJO!
BEIJOS!!!

quinta-feira, outubro 09, 2008

Noite dentro...

Vozes mil que enchem a penumbra… rumores nos quintais aluarados…ruído de motores a descer a calçada… desafio aos pássaros adormecidos... o chilrear sem rima dos pardais...a sombra de um corpo… a explicação de um corpo… as palavras de um corpo... um juízo precipitado sobre o que é realmente belo... o desejo de contar tudo o que é ridiculamente simples… a sensação que me despi do avesso e fiquei ao frio quando rompia a aurora... a serenidade de um vento… que sopra sempre novo... Fora daqui todas as vozes se frustram... São de quem quero, as minhas palavras… do Mundo… dos outros… dos teus olhos onde moram palavras por dizer… esvoaçam e rodam como folhas de Outono… balançam... são navios… à espera de cais! Com os dedos longos da memória… havemos de ter olhos de futuro, para nos reconhecermos… e vai surgir o que agora, é só um sonho...

A todos os amigos as minhas desculpas... Outubro e Novembro vão ser meses de intenso trabalho com dificuldade em vos visitar a todos!

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

domingo, outubro 05, 2008

R/ Empedernir...

R/
Esta crise está cada dia
(quem diria…)
menos digestiva.
Tome-se um pouco de areia,
beba-se água,
em quantidade certa.
Mastigue-se e misture-se bem!
Conforme o estado geral,
e a situação digestiva do momento,
aumente-se,
(gradualmente, ou não)
as doses de areia e água,
até ficarmos nós mesmos
um corpo
inteiramente mineral.
VIVA O 5 de OURUBRO!
PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

quinta-feira, outubro 02, 2008

"1808", leitura de Outubro e Prémios

"1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil". Laurentino Dias que é jornalista, fez uma investigação e pesquisa histórica exaustiva durante 10 anos para escrever este magnifico livro. A obra foi galardoada com dois importantes prémios literários no Brasil, o Prémio Jabuti de Literatura na categoria de livro reportagem e a Academia Brasileira de Letras (ABL), distinguiu-o na categoria "ensaio, crítica e história literária" de 2008. Em 414 páginas a obra narra a fuga da família real portuguesa e da maior parte da nobreza que levam consigo o tesouro publico para o Rio de Janeiro durante as invasões francesas sob a protecção da armada inglesa. Retrata a vida da corte no Brasil dando relevo à importância desta fuga para a definição do Brasil como nação com fronteiras definidas. Nos treze anos de permanência da corte no Brasil este deixou de ser uma colónia atrasada e ignorante e torna-se uma nação independente. Por outro lado, na história do velho continente este foi um acontecimento inédito, pois nenhuma outra corte europeia atravessou o oceano para viver e governar do outro lado do mundo. O Príncipe Regente D. João foi o único soberano europeu a colocar os pés em terras americanas em mais de quatro séculos de dominação. A fuga dá-se num dos períodos mais revolucionários da história da Europa. Napoleão Bonaparte, que estava em guerra com Inglaterra e tinha-lhe imposto o Bloqueio Continental, nas suas memórias já desterrado na ilha de Elba refere-se a D. João VI afirmando: “- Foi o único que me enganou! “."1808" inclui um mapa da viagem de D. João VI e uma "linha do tempo" que enumera os principais acontecimentos no Brasil e no mundo entre a Revolução Francesa e a independência brasileira. O livro muito bem escrito tem episódios deliciosos sem cair na caricatura, mas não deixando de realçar algumas situações e comportamentos mais caricatos do temperamento de D. João VI. Deixo-vos o site oficial do livro pois vale a pena uma visita.
Livros d'Hoje Publicações D. Quixote, Laurentino Gomes e Publicações D. Quixote, 6ª Edição, Lisboa Maio de 2008.


PRÉMIOS

Das queridas Renda do blog que conversa! e Ana do Let's Look , recebi o Prémio Dardos 2008 que tem como objectivo "reconhecer os valores que cada blogueiro mostra a cada dia, o seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, entre outros. Em suma, demonstrem a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras...". Foi uma honra receber tal distinção e mandam as regras que o lance a 15 bloguistas com as características citadas. Destas duas meninas Ana e Renda recebi ainda o prémio

que será distribuido assim num "dois em um", por todos os bloguistas atingidos pelos dardos... e mais alguns e que são...*Ana Scorpio* *Teia de Ariana* *A VER O MAR...* *Eu, tu, o arco-íris e os vizinhos* *Zé Povinho* *O GUARDIÃO* *SEXTA-FEIRA* *MUNDOAZUL* *Ave sem asas* *Brancamar* *Floresta de Lorien* *O Cantinho da Terra do Nunca (Sininho e Peter Pan)* *Simplesmente Manuela* *Mar de Chamas (agulheta)* *Miudaaa* *Impulsos (Cleo) * *Atordoadas (Art of Love)* *Rafeiro Perfumado* *O Cantinho da Tibéu* *Recalcitrante (Meg)*

A minha vizinha do blog Eu, tu, o arco-íris e os vizinhos , selou-me com um selo que um rafeiro que gasta o stock de perfume dado que se chama Rafeiro Perfumado criou para distribuir por todos aqueles que possuam um“Blog onde não se maltratam cães nem gatos, mas onde ocasionalmente se esborracham umas moscas (ou umas melgas)”!, e que aqui deixo a todos os meus amigos bloguistas amigos de cães e gatos principalmente os já citados que não tenham ainda sido "selados" quer pela vizinha que voa e assina Se eu fosse puta, tu lias? quer pelo Rafeiro que se Perfuma... e estes por sua vez devem sentir-se atingidos pelos dardos... e depois de tanto link não se admirem que pare por um tempo... eheheeh...BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!! BOA LEITURA!!!!

segunda-feira, setembro 29, 2008

... quero-te!

Estranho o homem que não és;
porque nas noites frias
sinto teu quente abrigo
no meu coração.
Quero o homem que és,
porque teus olhos, tua voz,
tu por inteiro, são admiráveis.
Desejo o homem que não és…
Estranho o homem que és.
Sem a tua recordação
não faria sentido
continuar este caminho.
Amo o homem que és;
respeito o homem que não és.
Quero-te pelo homem que és
e pelo que não és…
BEIJO MEU PARA TI
BEIJOS!!!

sexta-feira, setembro 26, 2008

Vieste!

António que é nome de Ministro da Saúde (a vida tem destas contradições) 46 anos, marceneiro, grande bebedor e fumador, divorciado, "gingão", boa figura, olhos azuis incendiados, procurou-me com uma ferida de muito mau aspecto na perna direita. Deixou-se arrastar visita após visita, sem que o conseguisse convencer a tomar fosse o fosse... A cada visita lá lhe dizia:
" - António a ferida está feia, muito feia mesmo. Queres fazer o tratamento? Estás disposto a tomar o antibiótico se o receitar?"
" - Passe lá!... Desta vez, eu tomo...".
Mas por detrás da afirmação, aquele lume aceso no fundo dos olhos, garantia-me o contrário… Não consegui convencê-lo de modo algum, e na minha ausência, durante as férias, foi internado no hospital central. A ferida gangrenou e a perna direita foi-lhe amputada pelo meio da coxa. Foi o começo da bola de neve do que viria a seguir… Tudo correu mal! Ainda hospitalizado fez uma trombose, ficou paralisado à direita, e sem falar… Quando no regresso o fui ver a sua casa, chão de terra, cama de ferro, paredes de pedra escura de fumo, porta de frinchas e muitas, muitas moscas, nada mexia no seu lado direito, e os seus olhos parados em mim não tinham lume... Cuidava (?) dele uma irmã mais velha e solteira, que durante toda a visita me olhava rancorosa enquanto desfiava o “rosário” das consumições que o António sempre lhe causara e ainda causava agora…
"- Neste estado! Que vai ser de mim?"
"- António, o que pensas de ir viver para o Lar de Santo António? Posso tratar disso, e a tua irmã pode ir lá visitar-te."
Disparei eu…

E naquela tarde, com a sombra da irmã "consumida", porque consegui falar pelos dois e nos entendíamos pelos olhos, fiquei a saber que gostava de ler e escrever. Pedi-lhe que fosse tentando falar, e que fizesse por mexer o braço. Dei-lhe uma daquelas bolinhas anti-stress perdida pela pasta, para exercitar a mão.
Procuraram-me do lar uns meses depois para declarar que o António necessitava de uma cadeira de rodas. Não o fiz sem o ir ver, e levei-lhe uma das flores que me tinham dado, pois nesse dia era o meu aniversário. Ao entrar na sala de espera onde o António me aguardava sentado, ele, com muita dificuldade levantou o braço direito e disse-me:
" - Olha!"
Vivia no lar há dois meses e pela primeira vez lhe ouviram palavra. Estendi-lhe a mão com os olhos rasos de água, sentei-me ao seu lado e ficamos de mãos dadas. Ninguém imaginava lá no lar que o António gostava de ler, mas a partir daquele dia, passou a ler o jornal que lhe levavam diariamente. Fizemos um pacto. Ele mexeria o braço, e eu, iria ao bailarico de 12 de Junho lá do lar. (O António nasceu a 12 de Junho). Quando ao anoitecer entrei no salão, senti pousados em mim os olhos curiosos de residentes e funcionários, mas, lá do canto, António, em rotação acelerada de cadeira gritou:
"- Vieste!"
Poisei as tralhas na primeira cadeira, e rodopiamos os dois em boas gargalhadas. À saída, gritei-lhe da porta:
" - António, na próxima quero ver-te em pé!"
Não houve próxima. Em Setembro, certifiquei o seu óbito.
Estou certa, que quando ambos se cruzarem, Santo António o vai abraçar com ternura enquanto lhe murmura: "- Vieste!"
Esta é a minha homenagem ao António!
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!

segunda-feira, setembro 22, 2008

O primeiro dia de Outono...

Dia chuvoso e nublado,
instantes de nostalgia
que parecem não acabar…
Temperatura fresca… húmida…
pensamentos antigos
debatem-se… degladiam-se
não querem desaparecer…
Liberdade absoluta
busca insaciável
do amanhecer!
Momentos que parecem
não passar naquele lugar
onde habita o eco
da minha saudade…
Pensamentos novos
nascem… surgem…alegram
o caminho por conhecer…
Com a mesma saudade
que não quer terminar…
PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

sexta-feira, setembro 19, 2008

Uma tarde na savana em pleno Alentejo...

Ali em Vila Nova de Santo André, a dois passos da nossa casa de férias, esperava por nós cinco adultos amantes da natureza e dos animais, uma experiência única num dia dedicado à visita ao Badoca Parque. A má impressão pelo modo como fomos recebidos na recepção com um atendimento pouco simpático, que o intenso movimento e a enorme fila para a compra de bilhetes não justifica, depressa foi ultrapassada ao aproximar-mo-nos do lago dos flamingos e pelicanos… Não se justifica que não haja ainda mapas e roteiros em inglês. O safari, marcado para as 14h, durou cerca de 45 minutos, e foi realizado num comboio com capacidade para 50 pessoas que fez um percurso pela herdade com um simpático e bem disposto guia que foi indicando as diferentes espécies, com a ausência natural do "rei " da selva e de elefantes... Foi possível observar e quase contactar girafas, tigres, cangurus, nandus, zebras, iaques, búfalos, lamas, veados, gamos, avestruzes, entre outros, num total de 400 animais. À excepção dos tigres os restantes animais vivem em liberdade e em perfeita harmonia com os sobreiros e os pinheiros da “savana” alentejana junto à costa vicentina. Após um apetitoso lanche no bar da zona de merendas, chegou a hora da diversão numa das novidades do parque o rafting africano que naquela tarde quente fez com que três de nós voltássemos à fila para uma nova viagem. Ficou-nos a vontade de regressar para nova visita após as obras que estão a decorrer na ilha dos grandes simios. Espero que as fotos vos agradem. Fica aqui o link do site oficial para vos despertar a vontade de uma merecida visita, basta clicar no logótipo

BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

segunda-feira, setembro 15, 2008

Assim se pinta a cor do mar...

Desenhadora de sonhos
e de ilusões adormecidas
esboças sem papel um coração
uma alma… um sentimento… o amor
num tapete que humedece
como a terra molhada de chuva...
Assim se pinta a cor do mar
quando o calor abandona a areia...
Pequenos momentos de alegria
que os sonhos hão-de criar....
BEIJOS
BEIJO MEU PARA TI!!

quarta-feira, setembro 10, 2008

Na busca das cores da vida...

Sempre quis saber qual é a cor da vida… Emalei as minhas parcas coisas e pus-me a caminho… Percorri trilhos maravilhosos e outros nem por isso… encontrei fadas, magos, feiticeiros, bruxas, velhos centenários, meninos iluminados perguntava-lhes qual é a cor da vida e respondiam-me sempre:
“Continua o teu caminho!”.
Fiz muitos amigos… cheguei a lugares insólitos…conheci tantas coisas… muito mais do que as que pensava poder existir…Vi todos os arco-íris, os campos semeados, as montanhas na Primavera, o mar tempestuoso e calmo, as colheitas de Outono, os cumes brancos de Inverno…Tanto andei… tantas voltas dei… tantas pessoas encontrei… tantos locais mágicos conheci…tantos bons amigos fiz... Um dia um gnomo que andava na floresta a colher cogumelos disse-me:
"Caminhante, tanto caminhas e ninguém te dá resposta ao que persegues nem os amigos nem os inimigos que aqui e ali semeaste…Volta para casa e sê paciente..."
Cansada sem outra motivação senão descansar dei meia volta e resolvi regressar... No caminho encontrei mais de mil paisagens novas, novos amigos e muitos dos antigos...Por instantes queria ficar por ali, mas devia ser paciente e chegar ao ponto de partida. Ao acercar-me, repentinamente, meus sentidos ficaram atentos quase a medo e com muita ansiedade fui-me aproximando... Saíra à procura das cores da vida, e ali estavam, onde sempre estiveram, família e amigos formavam o grande arco-íris que tanto procurei… A cor que faltava era mesmo eu,que até aí não dera conta da minha própria felicidade... A cor da vida era afinal eu e todos os outros e os valores que defendemos na forma de um imenso arco-íris.
PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

domingo, setembro 07, 2008

O que trago para dar-te...

Tenho esquinas e uma cidade
horizonte de olhares,
um vale verde de rios
e muito tempo sem horas…
Tenho montanhas e bosques
carícias nas minhas mãos,
num entardecer de amor.
Tenho o sol para aquecer-te,
e a lua para te amar.
Tenho um bosque de desejos
e um arco-íris de beijos…
Tenho ruas sem saída
um castelo... o farol... e uma lagoa...
alguns barcos ancorados...e o mar...
Tenho as ondas dos meus lábios
que querem inundar teu corpo.

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

segunda-feira, setembro 01, 2008

"Como Pensam os Médicos", leitura de Setembro

Como Pensam os Médicos deixa muito claro que, apesar de todos os esforços tecnológicos e científicos para melhorar a assistência médica, uma boa parte da Medicina ainda se restringe ao diagnóstico do médico, à tentativa humana de descobrir qual a doença em causa. A experiência, o senso comum e a sua personalidade podem constituir ajudas preciosas ou tornarem-se condições para enganar o raciocínio médico. Jerome Groopman defende que ao fazerem algumas perguntas abertas e ao aprenderem a identificar alguns dos erros mais comuns, os pacientes podem aumentar as oportunidades para que o seu médico não seja desviado do caminho certo. O autor aborda casos clínicos e analisa os raciocínios que levam médicos conceituados a conclusões e diagnósticos brilhantes ou totalmente errados. Um livro de estilo único que combina jornalismo, medicina e romance e onde a partir de pesquisas científicas, entrevistas e informações o autor analisa o pensamento dos médicos e o sucesso do relacionamento médico - paciente ou como se fala hoje, da interacção doente – médico. O livro, vencedor do Quill Award 2007, foi considerado um dos 10 melhores livros de Medicina em 2007. É um livro que pretende responder a numerosas questões Como deve pensar um médico? Médicos diferentes pensam de maneira diferente? Há uma maneira única de pensar ou há maneiras diferentes de chegar a um diagnóstico correcto e escolher o tratamento mais eficaz? Será que a simpatia ou antipatia por um determinado doente pode distorcer o seu diagnóstico? Os doentes têm acesso à mesma informação que os médicos e por vezes sabem mais do que muitos médicos sobre as doenças que os afligem. Os três anos de pesquisa e estudo de Jerome Groopman resultam num livro muito bem escrito que é leitura obrigatória para todos os médicos que se preocupem com os seus pacientes e para todos aqueles que os procuram por qualquer motivo… Começa assim:
“Anne Dodge perdeu a conta ao número de médicos que consultou nos últimos 15 anos. Pelos seus cálculos, seriam quase 30. Ainda assim, naquele ano de 2004, dois dias depois do Natal, numa manhã inesperadamente agradável, estava mais uma vez a caminho de Boston, para consultar outro especialista. O médico de família não concordou com a viagem, a pretexto que os problemas de Anne eram já antigos e estavam tão bem definidos que esta nova consulta seria inútil. Mas o namorado insistira de forma obstinada. Anne pensou para si mesma que a consulta apaziguaria o namorado e estaria de volta a casa antes do meio-dia. Anne está na casa dos 30, tem cabelo castanho claro e olhos azuis doces. Cresceu numa pequena cidade do Massachussetts, com mais três irmãs. Ninguém tinha uma doença parecida coma a sua. Por volta dos 20 anos, descobrira que não se dava bem com a comida. Depois de uma refeição sentia como se uma mão lhe agarrasse o estômago e lho torcesse.”
Como Pensam os Médicos, Jerome Groopman, Universidade de Harvard, tradução de Ana Glória Lucas, CASA DAS LETRAS, Lisboa, Fevereiro de 2008
BEIJO MEU PARA TI!!
BEIJOS!!!
Boa Leitura! Volto Já!

domingo, agosto 17, 2008

Minhas Gaivotas

Brincando ontem meio nu, pela areia,
minha infância pouco a pouco vi passar,
ela fugiu sem que eu me desse conta,
sonhando com voar.
Ir brincando com o vento,
além sobre a agua um momento.
Viver sonhando, à beira do mar,
junto das rochas,
um dia aprendi a voar,
aprendi a voar
como as minhas gaivotas.
E fugi longe dali
naquele dia,
sem olhar para trás julguei
que nunca mais voltaria.
Encontrei um cardo, uma flor,
um sonho, um amor, uma tristeza,
fui sozinho e logo fomos dois,
um beijo, um adeus, todo começa.
Outra canção, outra ilusão, outras coisas,
e farto já de andar
voltei a procurar
minhas gaivotas.
E não as vi,
elas também se foram
desse lugar que um dia nos juntou,
fiquei sozinho buscando na areia,
a infância que já passou.
Elas não hão de voltar mais,
elas a deixaram para trás,
debaixo da areia, à beira do mar,
ao lado das rochas
que não sabem voar,
que não sabem voar
como as minhas gaivotas.
E assim vou, mais triste vou
que nesse dia,
quando sem olhar para trás julguei
que nunca mais voltaria.
Joan Manuel Serrat
ATÉ JÁ!
BEIJOS!!

sexta-feira, agosto 15, 2008

sempre teus olhos... PARABÉNS!

Os teus olhos
sempre teus olhos
inspiram estes meus esboços...
O corpo dá-se ao vento…
ao sol… ao mar… à terra…
o olhar espelha a alma…
Porque um olhar profundo
não é, como a voz, ligeiro…
Com o mundo entre as mãos
por um campo que oferecia
as espigas mais tenras
fugia correndo à cega…
Uma mão cheia de sonhos
foi minha enorme colheita
dum ano que abriu dois sulcos
que me deixaram as marcas...
Amor que nunca se acaba
porque sempre, se renova…
Os teus olhos
sempre teus olhos
–com seu brilho de menino-
ficam para meus poemas…

BEIJO MEU PARA TI!

VIVA O DIA 15 de AGOSTO!!

domingo, agosto 03, 2008

como um barco...

Como um barco começo a navegar… largo amarras… subo a âncora... parto na imensidão do mar… acompanhada pelo vento… guiada pelo sol e pelas estrelas… começo a minha travessia pelo mar… o meu mar... tenho rumo e destino… sei o que quero, e quem quero… não olharei para trás… enquanto planeava a minha rota procurei arcas onde guardei palavras… sensações… coisas minhas... descobri que sempre caminhei a olhar para baixo e em frente a perder as belezas que estavam no alto… descobri que há amizades que passam tormentas... mesmo que a distancia e o tempo as afaste as recordações tornam-nas fortes como os cabeços da amurada que prendem as amarras… naveguei debaixo de chuva atravessei tempestades ...senti-me viva e plena… leve de bagagem abro as velas… parto à bolina e deixo-me ir mar adentro… agora sim, em liberdade posso começar a “voar” sobre o mar…temo acostar na solidão… sei que por vezes é boa conselheira… ajuda a reflectir… a pensar… a valorizar o que me rodeia... a conhecer-me melhor… solidão por defesa própria que vivo para libertar-me da escravatura do pensamento… para não pensar que está nas minhas mãos o controle de tudo… navegar… navegar… sem planear… sem esperar… não é o aspecto afectivo…não é o aspecto físico... o abraço forte… o beijo doce e terno… a palavra meiga… é tudo o que faz viver...

A Papoila vai entrar de FÉRIAS!!!
ATÉ JÁ!

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

quinta-feira, julho 31, 2008

p.s. - eu amo-te, leitura de Agosto

O que acontece quando um grande amor acaba cedo demais? Este é o tema fundamental do maravilhoso romance de estreia de Cecilia Ahern, filha do primeiro-ministro irlandês, Bertie Ahern., p. s. – eu amo-te . Cecília escreve-o em três meses aos 22 anos e torna-se um bestseller no Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos, já traduzido em 40 países. Holly e Gerry tinham o tipo de amor que muita gente sonha encontrar. Namorados desde a escola, cresceram juntos e tornaram-se os melhores amigos , amantes, e formavam um casal de verdadeiras almas gémeas. Quase todas as noites Holly e Gerry discutiam para ver qual dos dois se iria levantar da cama e colocar os pés na fria tijoleira para apagar a luz e voltar no escuro a tactear para a cama. Nenhum dos dois tencionava comprar um candeeiro de mesinha de cabeceira e assim eternizavam o ritual cómico da luz que nenhum desejava acabar.
Pode pois imaginar-se o desgosto de Holly quando antes de fazer 30 anos perde tragicamente Gerry, vítima de um tumor cerebral. Agora, ao recordar todos esses momentos de pura felicidade sente-se perdida no presente sem Gerry. Ahern descreve cuidadosamente o processo de luto após a sua morte. Holly tem de aprender a viver só, tarefa que lhe parece impossível. Ajuda-a a mão orientadora de Gerry que de uma forma muito engenhosa perpetua a sua presença junto da mulher amada ao deixar-lhe em cartas uma lista de tarefas para os 12 meses que se seguem à sua morte onde Holly virá a encontrar a esperança e a aprender a viver de novo.
O livro já adaptado ao cinema é uma leitura fascinante e mais uma vez uma adaptação que decepciona…
Começa assim:
“Holly encostou a camisola de algodão azul de encontro à face e o cheiro familiar feriu-a imediatamente, uma dor devastadora dando-lhe um nó no estômago e atacando-lhe o coração. Picadas subiram-lhe pela nuca e um aperto na garganta ameaçava sufocá-la. O pânico instalou-se. Para além do zumbido baixo do frigorífico e do gemer dos canos do aquecedor eléctrico, a casa estava em silêncio. Ela estava sozinha, A bílis subiu-lhe à garganta correu à casa de banho onde caiu de joelhos em frente da sanita.
Gerry tinha-se ido embora e nunca mais iria voltar. Esta era a realidade. Ela nunca mais iria deixar correr os seus dedos sobre o suave cabelo dele, nunca mais partilharia uma piada por cima da mesa num jantar de festa, nunca mais lhe iria gritar quando chegava a casa do trabalho e apenas precisava de um abraço, ela nunca mais iria partilhar uma cama com ele, nunca mais seria acordada pelos ataques de espirros dele em cada manhã, nunca mais riria tanto com ele que estômago acabava por lhe doer, nunca mais poderia discutir com ele de quem era a vez de se levantar para ir desligar a luz do quarto de dormir. Tudo o que restava era um monte de memórias e uma imagem da cara dele que se tornava mais vaga a cada dia que passava.”
Quem já viu o filme, se gostou, não deixe de ler o livro!
p.s. – eu amo-te, Cecília Ahern, tradução de Helena Barbas, EDITORIAL PRESENÇA, Lisboa, 2008
Boa Leitura!
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

domingo, julho 27, 2008

Fado!

Guitarras que choram
como o pulsar do coração
descompassado da vida
sentimento de tristeza e alegria
o tanger das cordas
suaviza a dor
que envolve a vida
escapa em cada nota
harmonizada com o amor...
o ciúme... a paixão
sonhos passados
à distância do teu coração
na noite da tua partida.
Fado!
Marca a ritmo lento
a melancolia da minha vida
música chorada
leva consigo a tua essência.
Evoca cadenciados instantes
vida e alma amalgamadas
momentos de ansiedade
para não deixar-te partir
no abismo do esquecimento.
Fado!
Ao suave gemido da viola
misturam-se lágrimas
há tanto tempo reprimidas
para banhar com elas
a alma entesourada...
Em cada canto um lamento
desta alma que não envelhece
apesar do passar do tempo
apesar da distância,
apesar de meu amor
apesar da saudade…
Fado!

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

quarta-feira, julho 23, 2008

... o meu perfume de infância...

Eu tenho um perfume de infância… Toda a gente deveria ter o seu... O “meu”, não sei de onde vem… levemente almiscarado parece ser de uma árvore … Esses perfumes deviam ser vendidos em frasquinhos… por mim, compraria litros da essência do “meu”… Se alguém já passou pele a experiência de sentir o “seu” cheiro de infância deve saber do que estou a falar... deve saber que o aroma é arrebatador… O perfume conduz-nos de olhos fechados… fazemos uma viagem aos lugares encantados do nosso passado… Encontrei o “meu” há uns anos atrás… numa ruazinha calma do Jardim do Palácio de Cristal cheio de árvores centenárias... vou lá só para recordar–te porque é o teu perfume… O cheiro de infância apanha-nos de surpresa e é muito rápido quando decide manifestar-se… devemos estar sempre atentos… já me aconteceu reencontrar o “meu” em lugares completamente inusitados… Há dias, arrebatou-me em pleno centro comercial... Fazia compras distraída mas ele estava lá para me surpreender... as horas em que se manifesta e aparece também variam…tanto faz de manhã… de tarde… ou de noite… O que mais importa é estar preparado para o receber… O cheiro de cada um pode ser de árvore, como no meu caso, de flor, de bolo, de terra, de vento, de brisa, de bola, de balão, de pião, de campo, de casa, pode ser de qualquer coisa, mas todos precisamos ter um... Se ainda não encontraram o vosso, sugiro que o procurem...

BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!

sábado, julho 19, 2008

O jardim dos olhos teus...

Sonho com teu olhar carinhoso,
com o jardim de teus olhos
onde é eterna a minha morada.
Quero escutar tua voz,
acariciar-te com a minha,
perder meus dedos no bosque
por baixo do teu cabelo.
As pétalas que desfolhas
não são da flor que vejo,
seja qual for que desfolhes
continuo a querer-te sem pejo.
A ponte que me faz chegar
a teu doce coração
não a consigo encontrar
mas é o mais belo lugar
que guardas aí no teu peito.

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

quinta-feira, julho 10, 2008

"O médico que só sabe Medicina, nem Medicina sabe"

Abel de Lima Salazar (1889-1946), nasceu em Guimarães a 19 de Julho e viveu em S. Mamede Infesta, concelho de Matosinhos, durante mais de 30 anos, na casa que tem o seu nome, e que está transformada em Museu.
Terminou com 20 valores o Curso de Medicina e doutorou-se em 1915, na Faculdade de Medicina do Porto, com um Ensaio de Psicologia Filosófica, dissertação muito influenciada por Taine, a quem o júri atribuiu a classificação máxima.
Em 1919 era o professor da cadeira de Histologia da Faculdade de Medicina do Porto e foi o fundador e director do Instituto de Histologia e Embriologia, um centro de estudos muito modesto onde concebeu e realizou uma série de trabalhos de investigação notáveis, de que se destacam as pesquisas relativas à estrutura e evolução do ovário. Introduz concepções científicas próprias sobre a atrésia do folículo de Graaf, estabelece as bases da evolução pós-fetal do ovário e descreve os seus tipos principais.

Criou novos métodos de técnica histológica e, entre eles, o método tanino-férrico, o “método Salazar», que o irá tornar mundialmente conhecido.
Sempre defendeu a prioridade da educação sobre o ensino, e assim mantém o Laboratório de Histologia permanentemente aberto aos alunos, tanto de dia como de noite, e facilita o desenvolvimento da observação, o convite à reflexão e à iniciativa pessoal, como uma outra forma de alcançar o conhecimento, em suma as bases da investigação.
O magistério de Abel Salazar era aberto ao diálogo com os seus alunos, com o objectivo de despertar o entusiasmo criador.
Desenvolveu métodos para estimular a inquietação científica dos seus alunos, procurando desenvolver as qualidades intelectuais e humanas de cada um. Ensinou-os a serem críticos em face do conhecimento estabelecido, porque sabia bem como muito dele era transitório.
Defendia a supressão da avaliação quantitativa e a redução ao mínimo da intervenção do professor na aprendizagem.
Em 6 de Julho de 1933, ingressou na loja maçónica do Porto «Lux et Vita», uma das lojas do Grande Oriente Lusitano Unido.
A 13 de Maio de 1935, o Governo do Estado Novo, publicou o famoso decreto – lei nº 25317, de modo a dar uma aparência de legitimidade às perseguições políticas que planeava.
Os dois primeiros artigos desse decreto-lei diziam o seguinte:
«Art. 1º. Os funcionários públicos ou empregados, civis ou militares, que tenham revelado ou revelem espírito de oposição aos princípios fundamentais da Constituição Política, ou não dêem garantia de cooperar na realização dos fins superiores do Estado, serão aposentados ou reformados, se a isso tiverem direito, ou demitidos em caso contrário.
Art. 2º. Os indivíduos que se encontrarem nas condições do artigo anterior não poderão ser nomeados ou contratados para quaisquer cargos públicos nem admitidos a concurso para provimento neles. Neste mesmo ano, começou a ser perseguido por razões de ordem política e foi compulsivamente afastado da regência da sua cátedra.
Apesar de expulso da Faculdade e das múltiplas dificuldades que lhe foram levantadas, publicou muitos trabalhos de índole científica, de marcada originalidade e alguns de grande repercussão no estrangeiro, desenvolvidos num pequeníssimo laboratório instalado num vão das escadas da Faculdade de Farmácia.
Dizia de si próprio:
” Esclareço que nunca fui um político; toda a minha vida me ocupei unicamente da actividade intelectual.”
Toda a sua actividade intelectual revela o democrata enérgico e activo, tantas vezes revoltado, na sua enorme ânsia de verdade e justiça social.
Além de cientista de renome internacional, Abel Salazar, notabilizou-se como pedagogo, artista plástico, ensaísta, crítico, filósofo criador e sistematizador, divulgador de doutrinas e ideais progressistas.
«Pela variedade e brilho dos dotes, inclusive os científicos, aparentava-se a alguns dos grandes artistas da Renascença», disse dele Ferreira de Castro.
São várias as suas obras escritas:
Ensaio de Psicologia Filosófica, 1915.
Notas sobre a Filosofia da Arte, 1933. Está reeditado desde 2005.
A Posição Actual da Ciência, da Filosofia e da Religião, 1934
Evolução Histórica do Pensamento, 1934
A Socialização da Ciência, 1933
A Função Social da Universidade, 1934
Uma Primavera em Itália, 1934
Um Estio na Alemanha, 1935
Digressões em Portugal, 1935
A Ciência e o Momento Actual, 1938
Reflexões sobre a História, 1938
Paris em 1934, 1938
Digressões em Portugal, 1938
Recordações do Minho Arcaico, 1939 , reeditado desde 2002
O Que é a Arte? 1940 , está reditado desde 2003
A Crise da Europa, 1942
Henrique Pousão, 1947
Como artista plástico Abel Salazar praticou várias técnicas, e esta é uma das facetas mais notáveis do seu temperamento, da sua criatividade e da sua capacidade multifacetada. Reconhecido como pintor e desenhador, ainda tem uma pujante e qualificada obra como caricaturista, gravador e escultor. A mulher em todas as suas actividades, é a grande musa inspiradora do artista na sua obra. Dedica-se com grande originalidade, aos cobres martelados. Numa execução pessoal, repuxando-os e combinando a acção dos ácidos com o fogo, dá, aos nus femininos, uma nova sensualidade. Os pratos de cobre que Abel Salazar cria são peças que despertam um fascínio incomparável.
Foi também crítico de Arte de que se evidenciam os seus exaustivos estudos sobre o pintor Henrique Pousão, as suas apreciações sobre Soares dos Reis, e Columbano entre tantas outras figuras de artistas nacionais e estrangeiros, e os seus escritos sobre a Filosofia da Arte.
O seu pensamento diversificado manifesta-se em «A Crise da Europa», estudos de divulgação, interpretação e crítica sobre «O pensamento positivo contemporâneo», sobre a filosofia das ciências e das religiões, a maior parte deles inéditos ou esparsos em jornais e revistas nacionais ou estrangeiros (principalmente em «O Diabo», «Sol Nascente», «O Trabalho», «Esfera» e «Seara Nova»), escritos do mais alto valor intelectual que carecem ser urgentemente reunidos, sistematizados e estudados por equipas de especialistas. Neste sector, são de recordar as suas obras: «A Socialização da Ciência», «O Condicionalismo Limitante e a Ciência», «Influência da Totalização da Experiência sobre a Evolução do Pensamento», «A Ciência e o Direito», «Indivíduo e Colectividade», «Clerocracia», «História Científica das Religiões».
Abel Salazar falece em Lisboa em 29 de Dezembro de 1946. O corpo segue para o Porto, mas o préstito funebre é desviado pela polícia política, para não passar por Coimbra. Chega de noite ao Porto, seguindo logo para o Cemitério do Prado do Repouso, onde a urna ficou depositada. No dia seguinte, realiza-se o funeral, que parte sem féretro da Casa dos Jornalistas e vai engrossando chegando ao cemitério um grande cortejo, onde uma multidão, formada por oposicionistas de diversas vertentes, lhe presta homenagem.
Discursam o republicano histórico Dr. Eduardo Santos Silva e o Prof. Ruy Luís Gomes que, seguidamente, é preso. No seu funeral encontram-se portugueses de
todas as condições, numa verdadeira consagração nacional.
Após a morte de Abel Salazar, em 1946, foi organizada a Fundação Abel Salazar, por iniciativa do Prof. Ruy Luís Gomes e de um grupo de Amigos, que promoveu a abertura ao público de parte da Casa-Museu, com a exposição da sua obra artística (1950).
Aí, estão expostas as variadas expressões da Arte Viva, marcadamente pessoal, profundamente humana e plena de beleza, de Abel Salazar. Para preservar a Casa, o espólio por ele deixado, e vencer a sistemática oposição das autoridades da época para legalizar aquela Fundação, esta passou a constituir-se, em cooperativa (1963) sob a presidência do Prof. Alberto Saavedra, onde promoveu iniciativas de vulto. As reuniões deste grupo de mulheres e homens, que constituíam os órgão de direcção, na maioria seus amigos pessoais, e opositores ao regime conhecidos, efectuavam-se semanalmente em casa de meu avô materno, a casa da minha infância. Abel Salazar faz parte da minha memória embora tenha nascido já depois da sua morte.
Devido, também, à grande dedicação que esta "obra" sempre mereceu ao Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, este conseguiu que aqu
ela Instituição comprasse a casa e o seu recheio, após a morte da viúva de Abel Salazar (1965) e adquirisse uma valiosa colecção de suas obras artísticas, pertencentes à sua irmã (1971).
Nesse período foram executadas obras de restauro que a adaptaram a
Casa Museu e foi construído no jardim um Pavilhão de Exposições.
Em 31 de Maio de 1975, numa superior atitude de isenção, a Fundação Gulbenkian fez a doação da Casa-Museu, à Universidade do Porto. Em 2005 esta foi totalmente remodelada.
De 10 de Junho a 28 de Julho de 2008, na Biblioteca Municipal do Porto está aberta ao público a exposição Abel Salazar, O Desenhador Compulsivo, numa organização conjunta da Associação para a Medicina, as Artes e as Ideias, da Casa Museu Abel Salazar e da Câmara Municipal do Porto. Do programa a 19 de Julho destaco pelas 11 horas a visita à Casa-Museu guiada pela sua directora, Drª Luísa Garcia Fernandes e palas 16 horas a Homenagem da Cidade, ancorada no Prof. Nuno Grande, nas instituições que preservam a sua memória e em testemunhos vividos por seua contemporâneos.
Este é o meu tributo a esta figura impar do século XX em Portugal.
BEIJOS!!